Dialogo

 Ele segurava na mão daquela pequena garota. Dois passos dela não davam um dele. Por mais que ela fosse jovem e pequena ele a via como uma grande mulher, se sentia tão protegido ao lado dela e não havia outra  coisa que ele pensava em ter a não ser estar junto a ela. Segurando firme a mão dela enquando andavam ele olhava ao rosto dela e pensava em coisas boas, esquecia todas as complicações de sua vida, toda miséria e caos no mundo e só pensava naquela pequena garota...

         - Já não falei para não ficar me olhando assim? – Principiou a jovem garota, mas ao erguer os olhos para o alto, teve de fechar os olhos fazendo uma careta devido ao forte sol que fazia.

         - Por que, não pode?  - Disse o alto rapaz, sorrindo enquando mudava a direção de seu olhar.

         - Já falei que não gosto!

      - Não tenho culpa se gosto de te olhar – Ele fez uma leve pausa. – Temos que aproveitar enquando o governo não cobra imposto por nossa visão.

         - Mais uma de suas piadas sem graça. - Diz a garota com uma cara farta. - E pare de me olhar, falta do que fazer!

Os dois andão em silêncio e sem motivos o jovem rapaz começa a rir...

         - O que foi dessa vez? - Diz a garota sem entender.
         - Nada não.

         - Fale duma vez! - Grita a jovem enquando começa a fazer cosegas no alto rapaz

       - Porque eu gosto de te olhar, me da sensações boas. - Ele responde rindo e tentando se esquivar das pequenas mãos da garota. - Agora pare...

Sorrindo, os dois continuam seu caminho para a casa da jovem de mãos dadas.

         - Estamos chegando? - Pergunta o alto rapaz.

        - Você sabe que sim! - Olha incorformada. - Você vem quase todos os dias aqui.

       - Eu só queria puchar algum assunto! - Ele olha para baixo para poder ve-lá melhor e pergunta. - Acho que vou voltar para casa!

         - Por que?

        - Deu vontade sabe..

          -Então vá! - Diz a garota emburrada enquanto joga a mão do rapaz que a segurava.

Em passos curtos e rapidos a garota olha disfarsadamente de lado para ver se o rapaz a segue, quando ela se da conta de que ele parou para poder atravesar a rua também para e diz;

         - Onde pensa que vai, pare de frescuras e venha logo!

         - Não quero mais. - Diz o alto rapaz com os braços cruzados e com cara de desintereçado.

         - E vai me deixar ir sozinha  embora? - Fazendo cara de piedade com a intenção de que o rapaz  se junte a ela.

         - Você sabe se proteger sozinha. – Ele se afasta mais dela e corre ao outro lado da rua, brincando com esta...

         - Não poxa... – Corre a menina desesperada atraz do alto rapaz. – Não me deixa...

         Ele segura na mão da pequena e a abraça forte.

         - Nunca ti deixarei... O amor que eu sinto por você às vezes eu mal demonstro, mas só o fato de olhar pra você, me faz ter a certeza que o amor que eu sinto por você jamais se acabará... Ah, chega dese papo que  eu fica com vergonha viu...

         Ela começa a rir.

         - Você que do nada começou, está certo. Não diga mais nada então...

         - Só mais um pouco então. – Ele ri e pigarreia ajeitando sua voz. – Eu amo a senhorita, pois você é uma das coisas que eu sempre quis pra minha vida... Não importa se eu não demonstro isso sempre, dizendo que te amo, lhe dando presentes, o que importa é que eu sempre penso em você... E embora eu não esteja ao seu lado sempre e nem diga palavras de conforto, e possa até mesmo te machucar, eu levo você em minha mente a todo o tempo... Eu te amo...