sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

"Autosíntese"

Escrever sobre coisas indefinidas, subjetivas, emoções, sonhos, um mundo paralelo, enfim, sempre foi uma diversão, forma talvez pouco eficaz de expressar o que realmente se passa em meu interior e revelar quem sou.
Como já provavelmente perceberam, nunca sou direta no que gostaria de discorrer, quem sabe seja uma qualidade, quem sabe, nem tanto.
Mas com este breve texto pretendo deixar, ao menos um pouco, de ser a desconhecida Dani Mayumi que escreve aqui no blog.
"Era uma vez uma professora substituta, profª Samara de português, nova e inexperiente decide aventurar-se ao dar aula para três turmas nada comportadas de oitava séries. Séria e de dedicação notável, viu-se enfrentada pelos alunos, nada que a fizesse desanimar assim tão rápido. Profª Samara passa como forma de avaliação quatro redações de temáticas aleatórias, mas a situação de desrespeito por parte das turmas tornava-se insuportável para tão sensível humana.
Entre outros acontecimentos, a jovem professora deixa finalmente seu cargo com pouco mais de um mês de trabalho e alguns alunos viveram felizes pelo resto do ano."
Não me sentiria satisfeita se não comentasse sobre a mulher que me despertou para a literatura, é claro que não foram simplesmente quatro redações, mas entre poucas aulas ela atiçou minha gaveta interna de sonhos. Infelizmente, ela sumiu sem saber o que significou em minha vida.
Fora isso, tenho descendência nipônica por parte de pai e curto partes de tal cultura como, língua, comida, anime, dramas e música; tento desenhar de vez em quando, gosto de ler também mas sou um tanto preguiçosa (realidade que tento mudar); sou cristã-protestante; não tenho uma identidade totalmete formada e estou transbordando de medos e curiosidades.
É claro que o que sou hoje pode não ser o mesmo de amanhã, mas por hora este é uma breve síntese da Dani Mayumi.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O passado do futuro

Olharemos para o horizonte
o que mais há para se conquistar?
Olharemos para as nuvens
há algo que ainda não nos pertença?

Sinra as folhas secas te tocarem
Sinta as arrepiantes gotas de chuva te molharem
o que ainda não experimentamos?

Deslizam suavemente as suas mãos
há algo em mim que ainda não conheça?
Fervem os lábios rosados
o que ainda não degustamos?

A alguns lugares ele nos levou.
Todos os sonhos ele realizou.
Todos os sabores ele nos ofereceu.

Ele está conosco.
Ele concedeu.
Ele, o amor.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Visão embassada

Choram os que podem
lenços a voar.
Choram os que sentem
lírios ao relento.
Choram os que vêem
lástima da existência.
Choram os que beijam
lírico o poema.
Choram os que lutam
lá se vai.
Choram os que andam
lágrimas ao chão.
Choram os que sangram
livros amarelados.
Choram os que podem.
Choram os que vivem.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Água

Porque sou água
não sei onde irei
mas carrego os lugares que já fui .

Porque sou água
é impossível esconder
estou de constante mudança.

Porque sou água
essência mais pura e neutra
nunca existirá.

Porque sou água
leve-me para onde quiser
enquanto conseguir me conter.