Uma coisa é escrever como poeta, outra como historiador: O poeta pode contar ou cantar coisas que não foram, mas como deveriam ter sido, enquando um historiador deve relatá-las não como deveriam ter sido, mas como foram, sem acrescentar ou subtrair da verdade o que quer que seja... (Miguel de Cervante) E essa é quase a minha idéia... pois tento juntar o poema a história... a filosofia a poesia. (Caiubi Paulino)
quarta-feira, 30 de março de 2011
Ele!
Me demonstrão a falsa sabedoria
Tentão alcançar o topo
Só que as garças os devorão
Instante momento
Parado monumento...
O que eles não sabem é que nunca dominarão o fogo.
Moinho
Trazendo cada momento
E passão as horas
Levando a esperança desse instante
Sou como moinho
Faço sempre meu próprio caminho
e para isso preciso de tal carinho
Ela é como o vento
Aparece e me enlouquece
Rapidamente ao ver outro me esquece
Para ela
O prazer foi tão pouco
Para mim
Amor era como um jogo
Pois apenas algumas vezes ela realmente me amou
Tudo e nada!
As metralhadoras demonstrão a maldade em seu agir
Chovem pedras que quebrão casas
Passão manadas e somos estatuas a se destruir
Madrugadas de sol
Dias calmos e vermelhos
Sem a minha alma tudo fica imperfeito
Me deliro e atiro
Morro e logo grito
Onde esta o que eu fiz para você notar?
O vento sopra ao meu lado esquerdo e move uma pequena folha de seu local atual...
E apenas vejo, observo e penso!
Pequenos momentos
Velhas lembranças de te ver passar
Pequenos momentos de poder falar
Mas era tudo o que eu queria
Apenas uma fantasia e alguém para poder amar
Sinto muito a sua falta
Fez-me mentir, me fez chorar.
Rabiscava na areia
Olhava o infinito azul e pensava
Dias, foram aqueles
Anos, foram aqueles
E era apenas um pequeno rapaz que queria...
Apenas uma fantasia e alguém para poder amar
quarta-feira, 23 de março de 2011
Ai no namida
tornar-se passado
vê o sonho já realizado
tornar-se vestígios
vê a folha em branco
e apaga o que registrara.
Vê renascer o vazio
vê a vida à deriva
vê o alívio e a dor
juntos mais uma vez.
Perde-se de vista
o que não se deve esquecer.
Renovam-se as ilusões
expectativas reluzentes
tornam-se estrelas
as lágrimas no chão.
Ai no kimochi
ao fundo de seu remendado coração
afugenta-se tímida,
torna-se discreta.
Por causa de um terceiro
foge apressada, perde confiança
será difícil tornar ao exterior
numa próxima vez.
Apodrece silencioso, camuflado
o seu amor
Apodrece mais uma vez!
O que acha que está fazendo?
com seu puro e incondicional
meigo e inocente
primordial amor?
Desperdiça-o entregando-o a estes
encarde-o com seus pecados
torna-se imundo com suas promiscuidades
negando assim o presente que lhe fora dado.
Apodrece silencioso, camuflado
o seu amor
Apodrece meis uma vez!
Como poderás amar verdadeiramente?
Como, com este reciclado coração?
sexta-feira, 18 de março de 2011
Princesinha 3
água a cair
a alma a inundar.
Em meio as trevas evidentes
de seu andar silencioso
perturbava-se aos tropeços, a princesinha.
Questionando sozinha
De quem poderiam vir
tais absurdas sugestões.
Quem sabe os demônios
anjos de auréolas negras,
bem apropriado.
Seria de sua ira,
recém-nascida
ainda oculta.
Talvez a própria razão
somando os argumentos
julgando às cegas.
Deixe-me ajudá-la
retirar de ti, esta aura
não a pertence.
Agora mesmo,
curar-te-ei
a trarei de volta.
Eu a prometo
serás livre para sempre
se me permitir.
Tocá-la,
mais uma vez
será o suficiente.
Tomarei para meus largos ombros
sua podridão
seus pesadelos e maus pensamentos.
Salva-me velho amigo,
venha correndo
siga meus gemidos.
Não perca um segundo sequer
pois eu a encontrei
no fuindo de uma ferida.
Ainda está aberta
poderá alcançá-la
esta noite.
Salte sobre poças
ignore a escuridão
Não tema a tempestade.
O tempo é curto
e meu peito dói
o abismo é próximo.
Aos prantos caminha
a poucos passos
da eterna paz.
quinta-feira, 10 de março de 2011
Princesinha 2
Perfume desconhecido, o desabrochar
Uma surpresa, o encontrar.
Arrastando seu vestido rosado
pela longa cobertura verde,
recorda-se do que se foi.
Seus olhos semiserrados,
já desacostumados com o dia,
a guiam pelo caminho não traçado.
Uma lembrança avistada
à beira do lago,
temendo escorregar, ajoelha-se.
Tremem seus finos dedos
uma silhueta perfeita
lentamente acariciada.
Aproxima sua rígida face
na tentativa de apreciá-la
a fragância inédita.
Um toque cuidadoso,
pétalas são desprendidas
perdendo-se no vento.
Nem mesmo as flores
podem resistir
à sua tenebrosa presença.
Te observo sempre,
mas estou distante
não se preocupe.
Sinto seus pensamentos
sei de seus medos
partilho de sua dor.
O seu vazio
também faz falta
em meu peito.
Deixe-me curá-la
desista de aceitar
o que não escolheu.
Tu sabes,
melhor que ningúem
velho amigo.
O que acredito e tenho fé
é no destino
nada é em vão.
Ora pois, se aconteceu assim
quem somos nós
para desfazer?
Será bem melhor,
confie velho amigo
no futuro que o aguarda.
Espera comigo, e veremos
mais uma vez juntos
para o que nos preparamos.
Relembram os dois
dos dias que lhe foram
brutalmente arrancados.
quarta-feira, 9 de março de 2011
Serás amor
eternamente
Serás minha alegria
eternamente
Serás minha prioridade.
Seria eu, seu palpitar
eternamente
Seria, seu riso
eternamente
Seria eu, seu número um.
Seria?
Seria verdade o que dissera?
Ou será a verdade mutável?
Seria real seu sentimento?
Ou será enganoso o coração?
Seria puro seu olhar?
Ou será ilusão a paixão?
Seria firme sua decisão?
Ou será inconsistente a matéria?
Antes seja uma decepção
do que inexistente o amor.